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Compilações : Preservando casamentos Bahá'ís
PRESERVANDO CASAMENTOS BAHÁ’ÍS

Uma compilação preparada pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça

I. Extratos dos Escritos de Bahá’u’lláh

1. Verdadeiramente,o Senhor ama a união e a harmonia e abomina a separação e o divórcio.

(O Kitáb-I-Aqdas, O Livro Sacratíssimo. n. 70)

2. Se antipatia ou ressentimento surge de parte do esposo ou da esposa, o divórcio é permissível, só que, após o decurso de um ano completo...

(Sinopse e Codificação das Leis e Determinações do Kitáb-i-Aqdas. Editora Bahá’í do Brasil. Rio de Janeiro, RJ. Ed. 1985, p. 56)

II. Dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá

3. O matrimônio, entre a generalidade do povo, é um laço físico, e essa união só pode ser temporária, desde que é predestinada a uma separação física no fim.

Entre o povo de Bahá, porém, o casamento deve ser uma união física e uma espiritual também, pois aqui ambos os cônjuges estão extasiados com o mesmo vinho, amam a mesma Face incomparável, e ambos vivem e se movem através do mesmo espírito, sendo iluminados pela mesma glória. Essa relação entre eles é espiritual e é, portanto, um laço que durará para todo o sempre. Igualmente, no mundo físico, desfrutam laços fortes e duráveis, pois se o casamento se baseia tanto no espírito como no corpo, essa é uma união verdadeira e por isso haverá de durar. Se, entretanto, o laço é apenas físico e nada mais, é certo que será só temporário, tendo, inexoravelmente, que terminar em separação.

Quando, pois, o povo de Bahá tenciona casar, a união deve ser uma relação verdadeira, uma aproximação espiritual bem como física, de modo que, através de todas as fases da vida e em todos os mundos de Deus, sua união se conservará, porque essa verdadeira unidade é uma cintilação do amor de Deus.

Do mesmo modo, quando algumas almas se tornarem verdadeiros crentes, atingirão, uma com a outra, uma relação espiritual, e demonstrarão uma ternura que não é deste mundo. Ao sorverem do amor divino, todos eles se enlevarão, e essa união, essa ligação, também haverá de permanecer para sempre, isto é, almas que se esquecem de si próprias, que se despem dos defeitos da humanidade e se libertam da escravidão humana, serão iluminadas, sem a menor dúvida, com os esplendores celestiais da unidade e todas atingirão a verdadeira união no mundo que não fenece.

(Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, Editora Bahá'í do Brasil, São Paulo, 1ª Edição, sec. 15, pp.105-106)

4. Quanto à pergunta a respeito do casamento, segundo a Lei de Deus: primeiro deves tu escolher alguém que te agrade e, depois disso, a questão está sujeita ao consentimento do pai e da mãe. Antes de fazeres tua escolha, nenhum direito têm de interferir.

(Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, Editora Bahá'í do Brasil, São Paulo, 1ª Edição, sec. 85, p.106)

5. O casamento bahá’í é o compromisso recíproco das duas partes, e sua ligação mútua de coração e mente. Cada um deve, porém, exercer o máximo cuidado para familiarizar-se totalmente com o caráter do outro, para que o firme convênio entre eles seja um laço que dure para sempre. Seu propósito deve ser este: tornarem-se amorosos companheiros e camaradas, unidos um ao outro por todo o sempre...

O verdadeiro casamento de bahá’ís é este: que o marido e a mulher estejam unidos física e espiritualmente, que sempre melhorem a vida espiritual um do outro, e que desfrutem de unidade sempiterna em todos os mundos de Deus. É este o casamento bahá’í.

(Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, Editora Bahá'í do Brasil, São Paulo, 1ª Edição, sec. 86, p.106)

1. Ó vós dois, crentes em Deus! O Senhor – incomparável é Ele – fez a mulher e o homem para viverem unidos na mais íntima associação, e serem como uma só alma. São dois esteios mútuos, dois amigos íntimos que deveriam atentar para o bem-estar um do outro.

Se desse modo viverem, passarão por este mundo com perfeito contentamento, êxtase, e paz interior, e tornar-se-ão objeto do favor e da graça divina no Reino do céu. Se porém agirem de outro modo, passarão a vida em grande amargura, desejando a todo momento a morte, e ficarão envergonhados no reino celestial.

Esforçai-vos, portanto, de coração e alma, por permanecerdes juntos assim como dois pombos no ninho, pois isso é ser abençoado em ambos os mundos.

(Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, Editora Bahá'í do Brasil, São Paulo, 1ª Edição, sec. 92, p.110)

6. Outrora, na Pérsia, o divórcio era facilmente obtido. Entre as pessoas da Dispensação passada, uma questão insignificante motivava o divórcio. Entretanto, conforme a luz do Reino irradiava, as almas eram vivificadas pelo espírito de Bahá’u’lláh, por conseguinte abstinham-se totalmente do divórcio. Agora, na Pérsia, o divórcio não ocorre entre os amigos, a menos que exista uma razão constrangedora que torne a harmonia impossível. Em circunstâncias tão raras alguns casos de divórcio ocorrem.

Agora os amigos na América devem viver e se comportar deste modo. Devem abster-se estritamente do divórcio, a não ser que surja algo que os obrigue a se separarem em virtude de sua aversão mútua; neste caso, com o conhecimento da Assembléia Espiritual, podem decidir se separar. Devem então ser pacientes e esperar um ano completo. Se durante este ano a harmonia não for restabelecida entre eles, então seu divórcio pode ser realizado. Não deve ocorrer que, acontecendo um ligeiro atrito ou aborrecimento entre o esposo e a esposa, o esposo pense em unir-se com alguma outra mulher, ou, Deus o proíba, a esposa também pense em outro esposo. Isto é contrário ao padrão de valor celestial e à verdadeira castidade. Os amigos de Deus devem viver e se comportar de tal modo, e evidenciar uma tal excelência de caráter e conduta, a ponto de fazer outros se admirarem. O amor entre o esposo e a esposa não deve ser puramente físico, não somente isso, deve ser preferivelmente espiritual e celestial. Estas duas almas devem ser consideradas como uma só alma. Como seria difícil dividir uma alma única! Não, grande seria a dificuldade!

Em resumo, as bases do Reino de Deus estão alicerçadas na harmonia e amor, unicidade, afinidade e união, e não sobre divergências, especialmente entre o esposo e a esposa. Se um destes dois se torna a causa de divórcio, este, inquestionavelmente, cairá em grandes dificuldades, se tornará a vítima de formidáveis calamidades e sentirá grande remorso.

(De uma Epístola, traduzida do persa para o inglês)

III. Extrato de Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi

(a crentes, a menos que citado de forma diversa)

7. É muito triste quando tais diferenças de opinião e crença ocorrem entre marido e mulher, pois, indubitavelmente, diminui o elo espiritual que é a fortaleza do laço familiar, especialmente em tempos de dificuldade. Entretanto, a maneira como poderia ser remediado não é agindo de tal modo a que se aliene a outra pessoa. De fato, um dos objetivos da Causa é ocasionar um laço mais íntimo nos lares. Portanto, em todos os casos desta natureza, o Mestre costumava aconselhar obediência aos desejos da outra pessoa e oração. Ore para que seu esposo possa gradualmente ver a luz e ao mesmo tempo aja de tal modo a atraí-lo para mais perto, em vez de criar prevenção. Tão logo esta harmonia esteja assegurada, serão então capaz de servir sem empecilhos.

(15 de julho de 1928)
(16

8. De acordo com o “Aqdas”, o divórcio é permissível. É, porém, desencorajado. Tanto o esposo como a esposa têm o mesmo direito de pedir o divórcio e quando qualquer um deles sentir que é absolutamente essencial de assim fazê-lo. O divórcio se torna válido mesmo quando uma das partes se recusa aceitá-lo e decorrido um ano de separação, durante cujo período o esposo tem a obrigação de prover a subsistência de sua esposa e filhos.

(6 de julho de 1935)

9. O Guardião recebeu sua carta... e soube com profunda preocupação de suas dificuldades e contratempos familiares. Ele deseja que eu a assegure de suas fervorosas orações em seu nome e em nome de seus entes queridos em casa, para que possa ser guiada e ajudada do alto a conciliar suas diferenças e de restaurar completa harmonia e companheirismo entre vocês. Ao mesmo tempo que ele a solicitaria a fazer qualquer sacrifício a fim de ocasionar a unidade em sua família, ele não deseja que se sinta desencorajada se seus esforços não derem quaisquer resultados imediatos. Deve fazer sua parte com absoluta fé de que assim fazendo está cumprindo com seu dever como bahá’í. O resto está, seguramente, nas mãos de Deus.

(23 de julho de 1937)

10. A validade de um casamento bahá’í é dependente do livre e pleno consentimento de todos os quatros pais. A liberdade dos pais, no exercício deste direito, é irrestrita e incondicional. Podem negar o seu consentimento por qualquer razão e são responsáveis por sua decisão somente da Deus.

(19 de março de 1938)

11. Com respeito ao divórcio, o Guardião declarou que é desencorajado, desaprovado e desagrada a Deus. A Assembléia deve disseminar entre os amigos o que quer que tenha sido revelado pela Pena de ‘Abdu’l-Bahá a este respeito, de modo que todos possam ser plenamente lembrados. O divórcio é condicionado à aprovação e permissão da Assembléia Espiritual. Os membros da Assembléia devem, em tais assuntos, estudar e investigar cuidadosa e independentemente cada caso. Se existirem razões válidas para o divórcio e for verificado que a reconciliação é totalmente impossível, que a antipatia é intensa e sua remoção não é possível, então a Assembléia pode aprovar o divórcio.

(7 de julho de 1938 à uma Assembléia Espiritual Nacional)

12. O Guardião recebeu sua carta... e, com profunda preocupação, tomou conhecimento do estado de desarmonia existente entre você e seu esposo.

Ao mesmo tempo que ele deseja que eu a assegure de que irá orar pela solução de seus problemas domésticos, ele a instaria a se empenhar, por todos os meios ao seu alcance, a conciliar sua diferenças e a não permitir que as mesmas assumam proporções tais que a levem a uma completa e definitiva separação de seu esposo.

Pois ainda que, de acordo com a lei bahá’í, o divórcio seja permissível, é, não obstante, sumamente desencorajado e a ele dever-se-ia recorrer somente quando todos os esforços para evitá-lo provaram ser em vão e ineficazes.

Compete a você, assim como ao Sr..., ponderarem cuidadosamente a respeito das implicações espirituais envolvidas em qualquer ação de divórcio por qualquer uma das partes, e, fortalecidos pelo poder da fé e confiantes nas bênçãos que a estrita aderência aos princípios e leis da Bahá’u’lláh é fadada a outorgar a cada um de Seus fiéis seguidores, a tomarem uma nova resolução para resolverem suas dificuldades comuns e a restaurarem a harmonia, paz e felicidade de sua vida familiar.

(11 de setembro de 1938)

13. Desejo assegurá-la, especialmente, de suas súplicas em prol de sua orientação com relação a seu proposto plano para se unir em casamento com Dr... Possa o Amado ajudá-la a formular a decisão correta e poupá-la da ansiedade e do sofrimento que, inevitavelmente, em tais assuntos, uma ação demasiadamente apressada provoca. Deveria dar a esta questão, que é de interesse tão vital para seu futuro, a plena consideração que merece e examinar cuidadosa e desapaixonadamente todos os seus aspectos. A decisão final compete a você e ao Dr...

(17 de janeiro de 1939)

14. Os Ensinamentos Bahá’ís não só encorajam a vida conjugal, considerando-a a maneira natural e normal de existência para toda pessoa sã de espírito, saudável e socialmente cônscia e responsável, como elevam o casamento ao status de uma instituição divina, seu principal e sagrado propósito sendo o de perpetuação da raça humana – a qual é a própria flor de toda a criação – e sua elevação à verdadeira posição que lhe foi destinada por Deus.

(15 de abril de 1939)

15. A situação com que se depara é 1 , confessamente, difícil e delicada, mas não menos grave e na verdade vital, são as responsabilidades que necessariamente acarreta e que, como fiel e leal crente, deveria conscienciosa e meticulosamente assumir. O Guardião, portanto, embora plenamente sensível às circunstâncias especiais de seu caso, e por mais profunda que possa ser sua simpatia por você nesta desafiadora questão com que tão tristemente se defronta, não pode, em vista das enfáticas injunções contidas nos Ensinamentos, nem sancionar sua solicitação para contrair um segundo casamento enquanto sua primeira esposa ainda está viva e unida a sua pessoa pelos sagrados laços do matrimônio, ou mesmo sugerir ou aprovar que a divorcie somente a fim de ser permitido casar com uma nova esposa.

Pois os Ensinamentos Bahá’ís não só excluem a possibilidade de bigamia mas, também, embora permitindo o divórcio, o consideram um ato repreensível, do qual só se deveria lançar mão sob circunstâncias excepcionais e quando estão envolvidas graves questões, transcendendo considerações tais como atração física ou compatibilidade sexual e harmonia. A instituição do casamento, como estabelecida por Bahá’u’lláh, embora dando a devida importância ao aspecto físico da união conjugal, considera-o como subordinado aos propósitos e às funções morais e espirituais com que foi investido por uma Providência onisciente e amorosa. Somente quando a cada um destes diferentes valores é dado sua devida importância, e somente com base na subordinação do físico ao moral, e do carnal ao espiritual, podem ser evitados tais excessos e falta de firmeza nas relações matrimoniais, como nossa época decadente está tão lamentavelmente testemunhando, e pode a vida doméstica ser restituída à sua pureza original, preenchendo a verdadeira função para a qual foi instituída por Deus.

O Guardião orará, o mais fervorosamente, a fim de que possa, inspirado e guiado por um tal padrão divino e fortalecido pela ajuda e confirmações infalíveis de Bahá’u’lláh, ser capaz de ajustar satisfatoriamente suas relações com as pessoas envolvidas e assim alcançar a única solução correta para este seguramente desafiador problema em sua vida.

(8 de maio de 1939)

16. Ele mencionou a pergunta que fez a respeito do problema do casamento e sua pouca freqüência entre os crentes em geral. É na realidade uma questão de profundo pesar para ele que alguns de nossos jovens crentes não dêem a devida importância à questão do casamento e parecem, como afirma, estar sob a impressão de que a vida matrimonial foi desencorajada na Causa. Isso é certamente um conceito errôneo e quem quer que se dê ao trabalho de, cuidadosa e inteligentemente, ler as palavras de Bahá’u’lláh, e ponderar a respeito de suas implicações, pode tão somente estar convencido da verdade de que na Fé Bahá’í o casamento e a vida em família, em especial, são ambos não só recomendáveis, mas constituem uma função social da mais alta e, verdadeiramente, vital importância, pois somente através deles a raça humana é perpetuada.

Os crentes bem deveriam saber que , conquanto Bahá’u’lláh não tenha feito do matrimônio uma obrigação compulsória, Ele, não obstante, atribuiu-lhe tal significado espiritual e social que nenhum crente, sob circunstâncias normais, pode estar justificado a desconsiderá-lo. De fato, em Seu livro de Leis (O Kitáb-I-Áqdas) ele vigorosamente enfatiza sua importância e define seu propósito essencial, ou seja, a procriação de filhos e o seu treinamento na Religião de Deus, para que O possam conhecer e adorar e mencionar e louvar Seu Nome.

(17 de fevereiro de 1940)

17. ...ele realmente se sente exultante com a feliz notícia da resolução de suas diferenças domésticas com a Sra... e, especialmente, em saber que empreenderam conjuntamente uma viagem de ensino extremamente bem sucedida... Este elo de serviço em comum á Causa que está unindo seus corações tão intimamente, e que tem provado ser uma solução tão efetiva para seus problemas pessoais, ele espera e, verdadeiramente, orará fervorosamente, será ainda mais solidificado com o passar dos anos e através de sua crescente e conjunta participação no trabalho de ensino....

(16 de dezembro de 1940)

18. Com respeito a sua pergunta se é necessário se obter o consentimento dos pais de um participante não-bahá’í em um casamento com um bahá’í: visto Bahá’u’lláh haver declarado que o consentimento dos pais de ambas as partes é exigido a fim de promover a unidade e evitar atrito, e visto o “Aqdas” não especificar quaisquer exceções a esta regra, o Guardião sente que sob todas as circunstâncias o consentimento dos pais de ambas as partes é exigido.

(12 de agosto de 1941, a uma Assembléia Espiritual Nacional)

19. Bahá’u’lláh deu grande ênfase à santidade do casamento e os crentes deveriam empenhar-se ao máximo para criar harmonia em seus lares e uma situação que, pelos menos, não seja ruim para seus filhos. Porém se, após oração e esforço auto-sacrificial, isto prova ser inteiramente impossível, então podem recorrer ao divórcio.

(10 de novembro de 1943)

20. O casamento, no “Aqdas”, é exposto como laço extremamente sagrado e compromissivo, e os bahá’ís deveriam compreender que o divórcio é visto como um último recurso, a ser evitado, se possível, a todo custo e que não deve ser facilmente concedido.

(17 de outubro de 1944)

21. Ele sente que você e sua esposa devem fazer tudo que estiver a seu alcance para produzirem um relacionamento harmonioso entre si e, se possível, evitar o divórcio a todo o custo. A atitude bahá’í é que o casamento é um relacionamento muito sério e sagrado, e o divórcio um último recurso, a ser evitado, se humanamente possível.

(10 de agosto de 1945)

22. Ele ficou muito sentido em ouvir que você e seu esposo ainda estão tão infelizes juntos. É sempre uma fonte de tristeza na vida quando pessoas casadas não conseguem viver bem juntas, mas o Guardião sente que você e seu esposo, ao contemplarem o divórcio, devem pensar no futuro de seus filhos e como este importante passo por parte de vocês irá influenciar a vida deles e sua felicidade.

Se sentir a necessidade de conselho e consulta, ele sugere que consulte sua Assembléia Local; seus companheiros bahá’ís certamente farão tudo o que puderem para aconselhá-la e ajudá-la, proteger os seus interesses e os da Causa.

(16 de novembro de 1945)

23. O Guardião tem a impressão que seu esposo é um ótimo homem e está muito satisfeito em ouvir que vocês dois estão planejando se reunirem. Ele sente fortemente que os bahá’ís, mais especificamente bahá’ís que servem a Causa tão ativa e conspicuamente como você e sua família o fazem, deveriam, se possível, dar um nobre exemplo, sob todas as formas, aos crentes mais novos e aos jovens bahá’ís. Visto Bahá’u’lláh ter sido tão contra o divórcio (ainda que Ele o permitisse) e considerasse o casamento uma responsabilidade extremamente sagrada, os crentes deveriam fazer tudo o que estiver a seu alcance para preservar os casamentos que contraíram e transformá-los em uniões exemplares, governadas pelos mais nobres motivos.

(19 de outubro de 1947)

24. Bahá’u’lláh declarou claramente que o consentimento de todos os pais vivos é exigido para um casamento bahá’í. Isto tanto se aplica, se os pais são bahá’ís ou não-bahá’ís, divorciados a anos ou não. Ele estabeleceu esta grande lei para fortalecer a estrutura social, para entrelaçar mais os vínculos do lar, para depositar gratidão e respeito nos corações dos filhos para com aqueles que lhes deram a vida e enviaram suas almas na viagem eterna em direção ao seu criador. Nós bahá’ís, devemos compreender que na sociedade atual está ocorrendo o processo exatamente oposto: pessoas jovens importam-se cada vez menos com os desejos de seus pais, o divórcio é considerado um direito natural e obtido sob os pretextos mais insignificantes, injustificáveis e indignos. As pessoas separadas, especialmente se uma delas tem a custódia total dos filhos, estão muito dispostas a menosprezar a importância do companheiro de casamento, também responsável, como um dos pais, por ter trazido estas crianças a este mundo.

Os bahá’ís devem, através da rígida aderência às leis e ensinamentos bahá’ís, combater estas forças corrosivas que estão tão rapidamente destruindo a vida em família e a beleza das relações familiares, e arrasando a estrutura moral da sociedade.

(25 de outubro de 1947)

25. Não há dúvida a respeito do fato de que os crentes na América, provavelmente influenciados inconscientemente pela prevalecente moral extremamente laxa e pela atitude frívola em relação ao divórcio que parece estar crescentemente prevalecendo, não estão considerando o divórcio com suficiente seriedade e não parecem compreender o fato que ainda que Bahá’u’lláh o tenha permitido, Ele tão somente o permitiu como um último recurso e o condena veementemente.

A presença de crianças, como um fator no divórcio, não pode ser ignorada, pois, certamente, impõe um peso ainda maior de responsabilidade moral sobre o homem e a mulher ao considerarem um tal passo. O divórcio, sob tais circunstâncias, não mais concerne somente a ele se a seus desejos e sentimentos, mas também concerne a todo o futuro de seus filhos e a atitude deles em relação ao casamento.

Quanto a se você e o Sr... deveriam agora se divorciar: esta é uma questão que concerne tão intimamente aos dois, a seus filhos e ao futuro de vocês, que ele não sente que possa fazer mais do que ressaltar para você o que declarou acima. A decisão permanece com ambos.

(19 de dezembro de 1947)

26. O divórcio deve ser evitado o mais rigorosamente pelos crentes e somente sob raras e urgentes circunstâncias deve-se dele fazer uso. A sociedade moderna é criminalmente laxa quanto a natureza sagrada do casamento e os crentes devem combater essa tendência diligentemente.

(5 de janeiro de 1948)

27. Ele ficou penalizado ao saber da desarmonia e infelicidade que surgiu em seu lar e assegura-a de que irá orar por sua remoção.

Ele lhe sugere que talvez não esteja dando a seu esposo o suficiente de seu amor, física e espiritualmente, para manter o seu interesse centralizado em sua pessoa. Os problemas matrimoniais são com freqüência muito complicados e sutis, e nós bahá’ís, sendo pessoas esclarecidas e progressistas, não deveríamos hesitar, caso pareça necessário e desejável, em procurar ajuda na ciência para tais assuntos. Se você e seu esposo discutissem seus problemas – juntos ou separadamente - com um médico, poderia vir a descobrir que pode curar seu próprio esposo, ou pelo menos tentar de fazê-lo. É uma grande pena que dois crentes, unidos nesta gloriosa Causa e abençoados com uma família, não sejam capazes de viver juntos de modo verdadeiramente harmonioso ele sente que devem começar a agir construtivamente e não devem permitir que a situação se agrave. Quando a sombra da separação paira sobre um casal eles devem mover céus e terras em seus esforços para evitar que se torne realidade.

Ele urge a que ambos devotem mais de seu tempo a ensinar a Causa e a orarem juntos para que Bahá’u’lláh lhes possa dar um amor duradouro um pelo outro.

(5 de julho de 1949)

28. Ele ficou muito penalizado ao saber que contempla se separar de seu esposo. Como sem dúvida sabe, Bahá’u’lláh considera o laço matrimonial extremamente sagrado; somente sob circunstâncias muito excepcionais e insuportáveis, o divórcio é aconselhável para os bahá’ís.

O Guardião não lhe diz que não deva se divorciar de seu esposo; urge-a, no entanto, a considerar devotamente, não só porque é uma crente e está ansiosa em obedecer as leis de Deus, mas também em atenção à felicidade de seus filhos, se não é possível elevar-se acima das limitações que até então tem sentido em seu casamento e serem bem sucedidos juntos.

Com freqüência sentimos que nossa felicidade se situa em determinada direção; no entanto, se tivermos que pagar um preço demasiadamente alto por ela, podemos descobrir finalmente que não adquirimos realmente nem liberdade nem felicidade, mas meramente uma nova situação de frustração e desilusão.

(5 de abril de 1951)

29. Ele sente que deva, de todas as maneiras, fazer todo esforço para manter seu casamento intacto, especialmente para o bem de seus filhos, que, como todos os filhos de pais divorciados, podem tão somente sofrer de lealdades conflitantes, pois estão privados das bênçãos de um pai e uma mãe em um lar, para zelar por seus interesses e amá-los conjuntamente.

Agora que compreende que seu esposo está doente, deve ser capaz de se reconciliar com as dificuldades que enfrentou emocionalmente com ele e, por mais que sofra, não tomar uma atitude implacável.

Sabemos que Bahá’u’lláh tem, com muita veemência, desaprovado o divórcio; e incumbe, realmente, aos bahá’ís fazerem um esforço quase sobre-humano a fim de não permitir que um casamento seja dissolvido.

(6 de março de 1953)

30. O que os bahá’ís devem fazer é não cometer adultério, se forem casados, e refrearem-se de intimidades sexuais antes do casamento. Na Fé Bahá’í não é um pecado se você não se casar, mas o casamento é recomendado aos crentes por Bahá’u’lláh.

Na Fé Bahá’í não há doutrina de que existam “Companheiros Espirituais”. O que se quer dizer é que o casamento deveria levar a uma profunda amizade do espírito, que venha a perdurar no mundo, onde não há sexo e não existem as concessões mútuas do casamento; do mesmo modo como deveríamos estabelecer com nossos pais, nossos filhos, nossos irmãos, irmãs e amigos um profundo vínculo espiritual que virá a ser esterno virá a ser eterno e não meramente laços físicos de relação humana.

(4 de dezembro de 1954)

31. Ele tem estado muito penalizado por saber que seu casamento parece ter falhado completamente. Não necessito lhe dizer, como bahá’í, que todo esforço deve ser feito por todo e qualquer bahá’í para salvar seu casamento por amor a Deus, em vez de para seu próprio bem. No caso de pioneiros, porque estão sob observação pública, é ainda mais importante. Em tais questões, entretanto, não é nem digno, nem correto, que o Guardião deva exercer pressão sobre os indivíduos. Ele pode, tão somente, apelar a você e a... para tentarem mais uma vez; mas se não puder mostrar-se a altura deste teste, isto, naturalmente, é um assunto pessoal.

(13 de janeiro de 1956)

32. O Guardião orará pela solução de seus problemas. Ele orará pela cura de seu filho e pela felicidade e unidade de sua família. A verdadeira base da unidade é serviço e ele espera que todos os membros irão se levantar, com esforço renovado, para ensinar a Fé.

(6 de setembro de 1956)

33. Onde quer que haja uma família bahá’í, aqueles envolvidos devem de todas as maneiras fazer tudo que podem para preservá-la, porque o divórcio é rigorosamente condenado nos Ensinamentos, enquanto que harmonia, unidade e amor são mostrados como os mais altos ideais nas relações humanas. Isto deve sempre se aplicar aos bahá’ís que estejam servindo no campo de pioneirismo ou não.

(9 de novembro de 1956, à uma Assembléia Espiritual Nacional)

IV. Extratos de Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça

(a crentes, a menos que anotado de forma diversa)

34. Ao considerar os problemas que o senhor e sua esposa estão passando, a Casa de Justiça salienta a unidade de sua família deve ser prioridade acima de qualquer outra consideração. Bahá’u’lláh veio para trazer unidade ao mundo e uma unidade fundamental é aquela da família. Portanto, temos de crer que a Fé tem como finalidade fortalecer a família e não enfraquecê-la. Por exemplo: serviço a Causa não deve gerar desatenção para com a família. É importante que disponha seu tempo de tal modo que sua vida doméstica seja harmoniosa e seu lar receba a atenção que necessita.

Bahá’u’lláh também frisou a importância da consulta. Não devemos pensar que este método, digno de valor na procura de soluções, está confinado às instituições administrativas da Causa. Consulta em família, empregando plena e franca discussão e animada pela conscientização da necessidade de moderação e equilíbrio, pode ser a panacéia de conflitos domésticos.

(1º de agosto de 1978)

35. Sua carta... descrevendo as dificuldades com sua família se defronta, afligiu a Casa Universal de Justiça e fomos solicitados a transmitir-lhe o seguinte.

Observando que você e seu esposo consultaram a respeito de seus problemas familiares com sua Assembléia Espiritual, mas não receberam qualquer conselho, e também discutiram sua situação com um conselheiro matrimonial sem sucesso, a Casa de Justiça sente ser extremamente essencial que você e seu esposo compreendam que o casamento pode ser uma fonte de bem-estar, transmitindo um sentimento de segurança e felicidade espiritual. Não é, entretanto algo que meramente acontece. Para que o casamento se torne um refúgio de contentamento, requer-se a cooperação dos próprios parceiros do casamento e a ajuda de suas famílias. Mencionou sua preocupação com respeito a sua filha mais velha. Sugere-se que você a inclua, e talvez seus filhos menores, em consultas de família. Como bahá’ís, compreendemos a importância do processo consultivo e não devemos sentir que deva ser usado somente pelas Assembléias Espirituais.

(24 de junho de 1979)

36. O surgimento da antipatia irreconciliável entre as partes de um casamento não é meramente a falta de amor pelo esposo ou esposa, mas uma antipatia que não pode ser resolvida. Compete a Assembléia Espiritual decidir se esta condição existe antes de fixar a data de início do ano de espera, o que poderá fazer por solicitação de uma das partes. Isto não é efetuado pelo fato de que a outra parte não deseje solicitar um divórcio.

A data para o início do ano de espera tendo sido fixada, é obrigação das partes efetuarem todos esforços a fim de reconciliarem suas diferenças e de tentarem preservar o casamento. Neste sentido a Assembléia Espiritual tem a obrigação de lhes oferecer toda ajuda...

Obviamente, procurar a ajuda de sua Assembléia Espiritual é uma parte dos procedimentos do divórcio bahá’í e as partes interessadas devem consultar com a Assembléia a respeito de seus problemas. Está a critério das partes, ou de qualquer uma delas, de também se valerem de conselheiros matrimoniais profissionais.

(12 de julho de 1979)

37. Sua carta de... para a Casa Universal de Justiça torna claro que você está procurando restabelecer seu casamento através do estudo das Escrituras e através de vários métodos de consulta e ajuda.

Fomos solicitados a transmitir seu conselho, sobre este vital assunto da reconciliação de consortes, no contexto da compreensão de si mesma e seu relacionamento com outros.

Você é instada a perseverar em seus estudos, em suas orações para a resolução de seus problemas, e em sua meditação que poderá prover guia e confiança, visto que a compreensão de si mesmo e do relacionamento para com outros está contido nas Escrituras e no exemplo do Mestre, ‘Abdu’l-Bahá.

Nem você, nem seu esposo, devem hesitar em continuar consultando conselheiros matrimoniais profissionais, individualmente e juntos se possível, e também beneficiando-se do aconselhamento corroborante que pode vir de parte de amigos sábios e experientes. Aconselhamento não-bahá’í pode ser útil, mas usualmente é necessário moderá-lo com as visões bahá’ís.

Pergunta como proceder com a cólera. A Casa de Justiça sugere que se recorde das admoestações encontradas em nossas Escrituras sobre a necessidade de fechar os olhos aos defeitos dos outros; de perdoar e ocultar suas más ações, de não expor suas qualidades ruins, mas de procurar e afirmar suas qualidades dignas de louvor, e empenhar-se em ser sempre indulgente, paciente e misericordioso. Passagens, como os seguintes extratos de cartas escritas em nome do amado Guardião, serão de ajuda:

Em todas as pessoas existem qualidades que podemos apreciar e admirar, e pelas quais podemos amá-los; e, talvez, se decidir pensar somente nestas qualidades que seu esposo possui, isto ajudará a melhorar a situação... Deve afastar seus pensamentos das coisas que a perturbam e constantemente orar para que Bahá’u’lláh a ajude. Então descobrirá como este amor puro, encendido por Deus, que queima na alma quando lemos e estudamos os Ensinamentos, aquecerá e curará, mais que qualquer outra coisa.

Cada um de nós é responsável tão somente por uma vida, e esta é a nossa própria vida. Cada um de nós está imensuravelmente distante de se “perfeito como nosso Pai celestial é perfeito ” e a tarefa de aperfeiçoar nossa própria vida e caráter é uma tarefa que requer toda a nossa atenção, nossa força de vontade e energia....

(17 de julho de 1979)

38. O relacionamento entre esposo e esposa tem que ser visto no contexto do ideal bahá’í da vida em família. Bahá’u’lláh veio para trazer a unidade ao mundo, e uma unidade fundamental é a da família. Portanto, deve-se crer que a Fé é intencionada a fortalecer a família, não a enfraquecê-la, e uma das chaves para o fortalecimento da unidade é amorosa consulta. A atmosfera dentro de uma família bahá’í, da mesma forma que dentro da comunidade como um todo, deve expressar “ a idéia fundamental da Causa de Deus”, a qual, o amado Guardião afirmou, “não é autoridade ditatorial, mas humildade companheirismo, nem poder arbitrário, mas espírito de franca e amorosa consulta...”

Em qualquer grupo, por mais amorosa que seja a consulta, existem, não obstante, pontos em que, ocasionalmente, não se pode alcançar uma concordância. Numa Assembléia Espiritual este dilema é resolvido pelo voto da maioria. Entretanto, não pode haver maioria onde somente duas partes estão envolvidas, como no caso de esposo e esposa. Existem, portanto, ocasiões em que a esposa deve submeter-se a opinião do seu esposo, e ocasiões quando o esposo deve submeter-se a opinião da esposa, porém nenhum deles deve jamais injustamente dominar o outro...

(28 de dezembro de 1980, a uma Assembléia Espiritual Nacional)

39. Perguntou, entretanto, por regras específicas de conduta para governar as relações de cônjuges. Isso a Casa de Justiça não deseja fazer e sente que já há guia adequada incluída na compilação sobre o assunto; por exemplo: o princípio de que os direitos de cada um e de todos na unidade familiar devem ser mantidos, e o conselho que amorosa consulta deve ser a diretriz; que todos os assuntos devem ser resolvidos em harmonia e com amor, e que há ocasiões quando o esposo ou a esposa deve submeter-se um à vontade do outro. Exatamente sob que circunstâncias tal deferência deva ocorrer é um assunto a ser determinado por cada casal. Se, Deus o proíba, falhem em concordar e suas desavenças levem à alienação, devem procurar aconselhamento por parte daquelas em que confiem, e em cuja sinceridade e bom senso tenham confiança, a fim de preservarem e fortalecerem seus vínculos como uma família unida.

(16 de maio de 1982)

40. No que concerne a definição do termo ‘aversão’ em relação à lei do divórcio bahá’í, a Casa Universal de Justiça ressalta que não existem ‘premissas’ específicas para o divórcio bahá’í, da mesma forma como existem em alguns códigos da lei civil. A lei bahá’í permite o divórcio, porém, como tanto Bahá’u’lláh como ‘Abdu’l-Bahá deixaram bem claro, o divórcio é abominado. Assim sendo, do ponto de vista do crente ele deveria fazer todo o possível para evitar o divórcio. Os bahá’ís deveriam ser profundamente cônscios da santidade do casamento e deveriam esforçar-se para tornar seus casamentos um vínculo eterno de unidade de harmonia. Isso requer esforço, sacrifício, sabedoria e abnegação. Um bahá’í somente deve considerar a possibilidade de divórcio se a situação for intolerável e ele ou ela tiver uma forte aversão a estar casado com o cônjuge. Este é um padrão exigido do indivíduo. Não é uma lei, porém uma exortação. É uma meta em que devemos nos empenhar.

Do ponto de vista da Assembléia Espiritual, entretanto, a questão é um tanto diferente. A Assembléia Espiritual deve sempre estar preocupada em que os crentes em sua comunidade estejam sendo aprofundados em sua compreensão do conceito bahá’í de casamento, especialmente os jovens, de modo a que o próprio pensamento de divórcio lhes seja abominável... Pode-se ver, portanto, que “aversão” não é especificamente um termo legal que necessita ser definido. Na verdade, diversos outros termos são usados ao descrever a situação que pode levar ao divórcio na lei bahá’í, tais como “antipatia”, “ressentimento”, “alienamento”, a “impossibilidade de estabelecer-se harmonia” e a “irreconciabilidade”. Os textos, no entanto, ressaltam que o divórcio é veemente condenado, deveria ser visto como “um último recurso” quando existem “raras e urgentes circunstâncias”, e que o cônjuge que é a “causa do divórcio” irá, “inquestionavelmente”, tornar-se “vítima de tremendas calamidades”.

(3 de novembro de 1982)

41. Quando uma solicitação de divórcio é feita a uma Assembléia Espiritual, seu primeiro pensamento e ação devem ser o de reconciliar o casal e de assegurar que eles conheçam os ensinamentos bahá’ís a respeito do assunto. Se Deus quiser, a Assembléia será bem sucedida e não será necessário iniciar um ano de espera. Entretanto, se a Assembléia verifica que é incapaz de persuadir a parte interessada a retirar a requisição de divórcio, deve concluir que, do seu ponto de vista, aparenta existir uma antipatia irreconciliável e não tem alternativa quanto a fixar a data para o início do ano de espera. Durante o ano o casal tem a responsabilidade de tentar reconciliar suas diferenças e a Assembléia tem o dever de ajudá-los e encorajá-los. Porém, se o ano de espera chega ao fim sem reconciliação, o divórcio bahá’í deve ser concedido de conformidade com a data da concessão do divórcio civil, caso este não tenha já ocorrido.

(6 de maio de 1987)

42. É evidente que os ensinamentos bahá’ís requerem um padrão absoluto de fidelidade na relação entre o esposo e a esposa. Um excerto de uma carta a um crente individual, datada de 28 de setembro de 1941, escrita em nome de Shoghi Effendi, citada em Messages from the Universal House of Justice, 1968-1973, página 108, afirma: “A pergunta que você faz, quanto ao lugar que possa ter em nossa vida um profundo laço de amor com alguém que encontramos, além de nosso esposo ou esposa, é facilmente definida em vista dos ensinamentos. Castidade implica em uma vida sexual pura e casta tanto antes como depois do casamento, Antes do casamento, absolutamente casta: após o casamento, absolutamente fiel ao nosso companheiro escolhido. Fiel em todos os atos sexuais, fiel em palavras e ações.”

Também é evidente dos ensinamentos bahá’ís que nenhum esposo deve sujeitar sua esposa a abusos de qualquer tipo e que tal ação repreensível é a antítese da relação de respeito mútuo e igualdade ordenado pelos escritos bahá’ís - uma relação governada pelos princípios da consulta e isenta da força para compelir obediência à vontade de alguém.

(22 de julho de 1987)

43. A Casa de Justiça a aconselha a continuar os estrênuos esforços que está fazendo para superar as dificuldades em seu casamento. Está satisfeita em notar que você e seu esposo se volveram para a Assembléia Espiritual Local em busca de orientação e procuraram ajuda de um bahá’í que é um conselheiro matrimonial. Tais empenhos, quando combinados com um esforço vigoroso e determinado, aumentam grandemente as perspectivas de que seu casamento possa ser mantido. Entretanto, deve-se ter em mente também que o fato de Bahá’u’lláh ter permitido o divórcio é, sem dúvida, uma indicação de que sob certas circunstâncias ele é inevitável. Se seus sinceros esforços para manter seu casamento não produzem o resultado almejado, não deve ficar perturbada.

(28 de abril de 1989)

44. A Casa de Justiça está desolada em tomar conhecimento que você e seu esposo continuam a ter dificuldades conjugais. Freqüentemente tem aconselhado crentes em tais situações a se volverem às Assembléias Espirituais Locais em busca de recomendação e conselho, e a seguir esse conselho em seus esforços para preservar a unidade de sua relação conjugal. Em muitas instâncias verificou-se ser proveitoso também procurar a ajuda de competentes conselheiros matrimoniais profissionais, que podem prover proveitosas visões e orientações no uso de medidas construtivas para ocasionar um grau maior de unidade.

(17 de julho de 1989)

45. ...nenhum esposo deveria sujeitar sua esposa a abuso de qualquer tipo, seja ele emocional, mental ou físico... quando uma esposa bahá’í se encontra em uma tal situação e sente que isso não pode ser solucionado através de consulta com seu esposo, ela bem pode volver-se à Assembléia Espiritual Local em busca de aconselhamento e orientação, e também poderá verificar se altamente vantajoso buscar a ajuda de competentes conselheiros profissionais. Se o esposo também é bahá’í, a Assembléia Espiritual Local poderá levar à sua atenção a necessidade de evitar comportamento abusivo e pode, se necessário, tomar medidas firmes para encorajá-lo a estar de acordo com as admoestações dos ensinamentos.

Houve muitas instâncias em que um casal, através de um esforço consagrado e determinado, ajudado pelo poder da oração e o conselho de especialistas, teve sucesso em superar obstáculos aparentemente insuperáveis às sua reconciliação e na reconstrução de uma sólida base para seu casamento. Há também inumeráveis exemplos de indivíduos que foram aptos a efetuar mudanças drásticas e duradouras em sua conduta, recorrendo aos poderes espirituais disponíveis pela graça de Deus.

Como sabe, na Fé Bahá’í, o divórcio é desencorajado e a ele dever-se-ia recorrer somente quando um prolongado esforço para alcançar a reconciliação tenha sido sem sucesso. Entretanto, deve-se notar também que o divórcio é permissível quando uma antipatia irreconciliável existe entre as duas partes do casamento.

(6 de agosto de 1989)

1 Um crente que, tendo casado com sua primeira esposa por compaixão, agora desejava ter permissão para casar com uma mulher de que havia se enamorado, afirmando que sua esposa concordava que ele tomasse essa segunda esposa.


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